Parte 01 - A Gênese e um oi

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009


Um oi

Queridos amigos, esse é um blog que se destina a contar uma história cheia de cacos de vidro, de coisas doidas e kamizes. Esse blog contará a história da ENDORAMA (www.myspace.com/bandaendorama), banda a qual me ralo pra cacete pra trabalhar.
De qualquer forma eu acho que o objetivo mais legal desse blog será mostrar pra todos que tem esse mesmo sonho suicida de viver de música, e não música dos outros não, é musica autoral, que saiu do útero! rs

Espero que apreciem.


A Gênese

Imaginem vocês que no interior do estado do Rio de Janeiro, mais precisamente na cidade de Campos dos Goytacazes, três caras com laços consaguíneos que tocavam (até que direitinho) guitarra, baixo e bateria. Esses moradores de Campos tentavam mas nunca conseguiam montar uma banda funcional. Motivo: por serem irmãos a porrada comia solta em tempo integral...
Campos dos Goytacazes, sim, aquela mesmo que tinha uma estátua de índio com uma onça na entrada (onça que foi surrupiada meses depois de ter sido colocada no local deixando perplexos os habitantes, não pelo roubo, mas pela questão: pra que roubar uma estátua de onça feia igual aquela porra?!), sempre foi um lugar complicado de se trabalhar com música. Vocês irão entender isso logo que eu explicar:

79908892 por você.
Viagra: contra a impotência musical!

Eu comecei a minha vida musical tocando numa banda crossover chamda Viagra. rrsrsrs Sim, minha primeira banda era uma mistura de Ratos de Porão com Sepultura e álcool. Tudo era muito barulhento e divertido, mas eu e Rodrigo (o outro guitarrista) queríamos compor e a galera só queria tocar as músicas das bandas que ouviam. Fizemos vários shows naquela época e o mais legal foi dividir o palco com a banda carioca Imago Mortis.


Viagra: foto histórica da primeira vez que eu subi em um palco. Da esq p dir: Andinho, Rodriguinho, Marcinho, Rodrigo (na bateria) e eu.

Naquele dia eu fiquei um pouco mais surdo, com certeza. Rasguei a minha camisa recém comprada do Slayer e fui pra casa dormir feliz.
Depois de tentar e nunca conseguir, fui tocar em uma banda chamada "Burning Red" que também não saiu dos covers. A banda morreu e retornou anos mais tarde com outra formação, mas agora o ponto principal eram as músicas autorais. A banda mudou de nome para "DARWIN" e nós conseguimos gravar um EP de 5 músicas. Foi tão legal que nós até conseguimos vender um cd prum cara de São Paulo por uma distribuidora independente! O cara depois virou meu amigo, claro. rsrsr

DARWIN: da esq p dir - Junin, Rodrigo (no alto), eu, Felipe ( no alto) e Bob.

Aí você imagina, já tava trabalhando com Biologia, a música não me rendia nada além de contas, cabelo embolado e ouvidos com ruído. Eu poderia parar?
Eu sei, sou um cara meio sem noção. Eu não parei.
Fui chamado pra ser guitarrista e ajudar na produção do primeiro cd de uma das bandas mais bem sucedidas da minha cidade, a ZEROKELVIN. Já ouviu falar? Bem, eu sabia que não. rsrs
Primeiro eu entrei na banda e aprendi a tocar 200.000 covers. Depois eu futuquei todas as composições autorais da banda (chegando ao ponto de ter aborrecimentos com os antigos integrantes por conta disso). Depois fiz duas músicas com eles (uma das quais foi premiada em um festival de música local) e finalmente gravamos e mixamos. Foi minha segunda experiência com estúdio e produção. Senti que curtia a coisa.
A ZEROKELVIN foi muito boa, mas tive que sair. Montei depois uma banda de curta duração chamada "EMILY PLAY" com objetivos mais profissionais. Vingou? Porra nenhuma!!!!

Aí meu caro, fiz o que eu podia fazer: fiquei meio amargurado dizendo que ia largar a música. Já eram quase 10 anos tentando sem ao menos dar o primeiro passo, que era ter um grupo de profissionais pra trabalhar a música comigo. Decidi virar um Trent Reznor da vida e compor e gravar tudo sozinho. Já tinha uma certa experiência com instrumentos virtuais, gravação e mixagem. Descobri que fazer tudo é muito, muito trabalhoso. Já havia conseguido há algum tempo ganhar um prêmio com uma música que havia feito desta forma, o que culminou em outra banda que também acabou por conta dos músicos: a "MAYA".


Rodrigo, em um momento de completo frenesi.

Sozinho, puto pra cacete, eu resolvi não mais tentar. E pela segunda vez fui chamado a entrar em um projeto. Essa era a fagulha inicial do que viaria a ser a ENDORAMA.

Vou descrever o diálogo que se passou aqui, mas antes preciso dizer quem é quem:
Diogo - Vocalista da endorama, ex vocalista da "Bons Aliados" que acabara de acabar;
Ciro Corrêa - Meu irmao mais novo e um baixista sem emprego que toca e faz segunda voz muito bem;
Rodrigo Corrêa - Meu irmão do meio (sim, eu sou o mais velho), baterista de mão cheia, chato pra caralho e o responsável por várias bandas minhas se trnarem apenas efêmeras.


Ensaio dos primórdios da ENDORAMA (esq p dir - Ciro, Diogo e eu)

Então, em uma tarde de domingo de 2007:

diogo diz: porra rodrigo, será que seu irmão n toparia fazer esse lance n?
rodrigo diz: sei lá cara, chama esse viado aí...
rodrigo grita: thiago, chega aí mané.

nesse momento eu me junto aos dois com uma cara azeda, sem camisa e com um sonho na mão (isso não é algo poético, é um sonho de padaria mesmo, cheio de creme por dentro).

thiago diz: fala.
rodrigo diz: cara, a bons aliados foi pro brejo e nós estamos querendo fazer uma parada nova aê...
thiago diz: e o quico? (pra quem n conhece essa gíria ridícula, ela quer dizer: e o que eu tenho a ver com isso?).
diogo diz: pois é cara, nós estávamos querendo fazer uma parada meio jack johnson, e estamos precisando de um cara pra tocar violão, topa?
thiago diz: topo qualquer coisa cara, emo, samba, funk... qualquer coisa eu tô topando.

E foi assim, que surgiu a banda ENDORAMA.

Bem, agora eu preciso dar uma saidinha e mais tarde, eu posto mais alguma coisa aqui.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

1 comentários:

Daniel Sardinha disse...

:-o Que história hein! rs

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